domingo, 10 de agosto de 2014

12- teu silêncio

Meu amor seja doce,
me negue o teu silêncio
pois ele é mortal,
é como te ver nos
braços de outro alguém,
Não! é pior, é como
imaginar-te a beijar
outra boca, outra alma
É como ver-te
chamar de casa
um outro amor,
o téu silêncio
é um delírio amargo
quase tão ruim
quanto esses teus
olhos frios ,
frios como minha alma
sem ti,
teu silêncio é um vazio escuro,
perdido
e de veras intrigante
dá asas a minha imaginação
e ela fértil e cruel
me mata aos poucos,
me arranca pedaços
e me seduz a poços fundos,
o teu silêncio é sombrio,
sombrio como uma
vida sem amor,
é como não ter
um peito forte,
onde chorar,
teu silêncio
me desordena,
por favor, não mo-dê
e assim me traga de volta

Põe numa caixa e me envia

Devolve tudo
minhas borboletas,
devolve meus suspiros
e as minhas horas
devolve as minha noites mal dormidas
devolve as musicas
que não escuto mais por tua causa
devolve o pedaço de mim que ainda falta,
devolve os abraços e os beijos,
devolve meu carinho,
não faz rodeios,
coloca em uma caixa,
coloca meus pedaços,
e meus filmes de romance
devolve meus livros e minha poesia,
e se possível
o meu amor


sábado, 2 de agosto de 2014

o céu dos seus olhos


Eu fujo pro céu dos seus olhos
para os meus não terem que ver o mundo,
eu fujo por eles
porque perto deles 
o mundo é melhor,
só porque eu tenho a estranha sensação
de que seus braços 
vão me proteger do mal
e que vendo as coisas 
pelos seus olhos
elas são boas, 
sinceras e suaves 
e porque quando 
o céu dos seus olhos
enxergam os meus
eu me perco em você

Eu odeio seu sorriso

Eu odeio cada parte de mim
que te ama
Eu odeio a que gosta
quando você sorrir,
ou quando fala
Eu odeio saber que
você desperta um fogo
no meu peito
Eu odeio quando seu
sorriso, me causa êxtase
Eu odeio ficar nervosa
por você,
Eu odeio a esperança
de te ter
Eu odeio não me
sentir suficiente,
mesmo sabendo, ou
pelo mesmo achando
que fomos feitos nas
mesmas formas,
Eu odeio pensar nessa
solidão que ficou
quando você partiu